O presidente Lula encerrou na tarde desta sexta-feira (16/10) sua viagem de inspeção das obras de revitalização e integração do rio São Francisco, que durou três dias pelo sertão nordestino, entregando casas populares na recém-construída Vila Produtiva Rural da Fazenda Junco, próxima à cidade de Salgueiro (PE). Em vez de discursar, Lula fez o sorteio de algumas unidades da nova vila entre as pessoas que compareceram ao evento.
O Blog do Planalto conheceu na última terça-feira o Núcleo Habitacional Fazenda Junco, a primeira de 18 Vilas Produtivas Rurais previstas no Projeto São Francisco. Veja o que são elas:
A vila foi construída para ser o novo lar de famílias que foram reassentadas devido à construção do Eixo Leste do Projeto São Francisco. Para viabilizar as obras dos Eixos Leste e Norte, 100 metros das margens dos canais construídos foram desapropriados. Com isso cerca de 790 famílias vão mudar de endereço para viver em condições iguais ou melhores as que viviam anteriormente, garante o Ministério da Integração Nacional.
Na Fazenda Junco já foram construídas 55 casas, escola, centro comunitário e uma praça. Além das casas, cada família terá uma área para produzir alimentos para subsistência -- principalmente cebola, milho e feijão -- e sistema de irrigação. Os agricultores também receberão apoio de assistentes sociais para que formem cooperativas e vendam conjuntamente os excedentes da produção.
Pouco antes de fazer seu discurso em Cabrobó, o presidente Lula foi brindado com os versos do trovador Antônio Marinho, de São José do Egito (PE), que recitou uma poesia sobre a força do sertanejo e as belezas da região. Em seguida, homenageou o rio São Francisco e as obras que dividirão suas águas entre milhões de pessoas que vivem no sertão.
O grande equívoco de quem critica as obras de transposição do rio São Francisco é achar que o projeto vai tirar água de algumas regiões do sertão e dar para outras. Essa é uma discussão atravessada, afirmou o presidente Lula em seu discurso hoje em Cabrobó (PE). A obra não vai ajudar uns e prejudicar outros, mas ampliar o acesso à água por parte da população do sertão, região que mais sofre com a seca no País, afirmou Lula:
Lula elogiou bastante o Exército brasileiro que, por meio de seu Batalhão de Engenharia, hoje recuperado, está participando decisivamente das obras no rio São Francisco.
Lembrou que seu governo fez questão de retomar os investimentos em infraestrutura, algo que não acontecia no País há 25 anos, e reafirmou que é possível sim governar o Brasil de forma diferente do que vinha sendo feito. E o povo, afirmou o presidente, já está percebendo isso.
Não existe nada impossível quando a gente está determinado a fazer as coisas. O impossível existe só para quem é incompetente.
Lula disse que sabe que ainda há muito o que fazer no Brasil, mas lembrou que não se conserta em oito anos os desmandos de 500 anos. “Estamos apenas começando”, afirmou o presidente, citando o esforço de seu governo de investir em educação, principalmente no Nordeste, para que a região não seja conhecida apenas como exportadora de ajudante de pedreiro, mas também de engenheiros, médicos, cientistas.
O presidente falou também das críticas que a oposição vem fazendo à obra e à viagem de visita às obras. “O papel da oposição é criticar”, disse Lula, comparando ao jogador que fica no banco de reservas os jornalistas convidados pela Presidência da República para conhecer as obras que estão sendo tocadas no rio São Francisco fizeram alguns sobrevoos de helicóptero na região das obras do Eixo Leste, em Pernambuco, no início da semana, e viram do alto a intensidade da seca e a importância da água para a região. Isso ficou mais evidente quando chegaram ao ponto do Lago de Itaparica, formada pelas águas do rio. A paisagem muda significativamente: a aridez dá lugar ao verde, o vazio dá lugar à produção de alimentos, a desesperança dá lugar à dignidade e desenvolvimento.
Em entrevista coletiva após o discurso em Floresta (PE), Lula conversou com jornalistas que acompanham sua visita às obras do Projeto São Francisco. Ao responder sobre o quadro eleitoral de 2010, o presidente afirmou que ainda faltam seis meses para “maturar” o que vai acontecer nas próximas eleições. “Eu gostaria que todos nós tivéssemos apenas um candidato para que fizéssemos uma eleição plebiscitária, ou seja, nós contra eles. Pão-pão, queijo-queijo. Se isso não for possível, paciência.
Perguntado sobre a possibilidade do Brasil entrar no Conselho de Segurança da ONU, Lula afirmou que já está mais do que na hora disso acontecer, porque do jeito que está, o Conselho não representa o mundo, “nem geograficamente, nem politicamente”. Para o presidente, a África pode ter dois ou três representantes no Conselho, a América Latina um ou dois, a Índia deve entrar, a Alemanha, o Japão. Só assim, afirmou, a ONU terá representatividade e força para fazer valer suas decisões.
Falou também sobre a obra no rio São Francisco, para ele a mais importante do Nordeste hoje. Lula afirmou que o projeto vai promover uma reforma estrutural na questão hídrica da região e disse que é uma obra irreversível, porque falta pouco para ser concluída. Parar a obra seria uma “irresponsabilidade que não tem tamanho”, disse Lula.
Ao ver a multidão de operários de macacão aguardando o seu discurso na cidade de Floresta (PE), o presidente Lula não escondeu sua felicidade, porque aquela imagem era a prova de que aquelas pessoas estavam trabalhando e ganhando um salário, além de terem aprendido uma profissão. As obras de revitalização e integração do rio São Francisco estão mudando a realidade de centenas de cidades do sertão brasileiro e contribuirão para tornar o Brasil menos desigual.
Os prefeitos de Sertânia e Custódia, ambas no sertão pernambucano, estão comprovando isso no dia-a-dia de suas cidades. Cleide Ferreira (Sertânia) e Nemias Gonçalves (Custódia) estão acompanhando o desenvolvimento econômico de seus municípios, proporcionado pelas obras do projeto do Rio São Francisco. A prefeita Cleide Ferreira conta que “de uma hora para a outra” viu a arrecadação municipal crescer de forma vertiginosa: “Tivemos, além do crescimento econômico, a geração de emprego e renda”, relata.
Esse sentimento é compartilhado pelo prefeito Nemias Gonçalves. Segundo ele, a cidade de Custódia tem um intenso movimento na madrugada com os ônibus se deslocando pelas avenidas no transporte dos trabalhadores que atuam no Lote 11. “Isso aqui está parecido com o ABC Paulista”, vangloria-se.
E o desenvolvimento é sentido na pele e no bolso. De acordo com o prefeito, na última semana, a cidade ficou desabastecida de cimento. Foram comercializados cerca de três mil sacos para pequenas obras de recuperação de imóveis ou construção de novas residências e prédios comerciais.
Tanto em Sertânia quanto em Custódia não há disponibilidade de casas ou apartamentos. Os imóveis foram alugados ou vendidos para os trabalhadores que vieram na onda deste movimento econômico. Nemias conta que um imóvel que custava R$ 200 de aluguel, atualmente vale R$1 mil.
A mão de obra está ficando escassa. As duas prefeituras encontram dificuldades, por exemplo, para contratarem pedreiro ou ajudantes de pedreiros. “Estamos fazendo uma obra aqui na cidade e não temos estes profissionais disponíveis”, relata a prefeita Cleide. Segundo ela, há necessidade de cursos profissionalizantes para a formação de novos operários.
Nemias diz que uma diária de pedreiro passou de R$ 30 para R$ 80. “Com as obras do Rio São Francisco, Custódia vai crescer 10 anos em dois anos. Isso porque temos o maior trecho das obras de transposição”, comemora.
Os dois prefeitos contatam também sobre o aumento da arrecadação de ISS -- tributo municipal recolhido pelo consórcio. Sertânia tem 34.022 habitantes e Custódia, 33 mil moradores. As receitas advindas deste imposto, que até o ano passado não superavam a marca de R$ 30 mil por mês cresceu mais de 500%. Cleide informa que a arrecadação passou de R$ 300 mil ao ano para R$ 300 mil ao mês. “Foi um incremento aos cofres do município”. Nemias também confirmou este aumento de recursos: “Saltamos de /r4 80 mil ao mês para R$ 500 mil.”
Por sua importância para o desenvolvimento do Nordeste, o presidente Lula comparou nesta quinta-feira (15/10) as obras no rio São Francisco aos investimentos feitos pelo presidente americano Franklin Roosevelt no Vale do Tennessee (como parte do New Deal), transformando uma das regiões mais pobres dos Estados Unidos em uma região produtiva. Para isso, é preciso fazer muitas obras, investir em educação e formar mão-de-obra qualificada. “O Nordeste não precisa produzir mais pedreiro; o Nordeste tem que produzir engenheiro”, disse em discurso realizado na cidade de Custódia (PE), próxima às obras do Lote 11.
Em entrevista mais cedo a rádios da região, o presidente Lula explicou a importância do projeto do rio São Francisco, lembrando que a água de iria evaporar pela ação do sol agora será levada aos lares de 12 milhões de brasileiros no sertão brasileiro. Bastante emocionado, Lula explicou que não assumiu em campanha o compromisso de transpor as águas do ‘Velho Chico’, mas ao saber da viabilidade do projeto quando chegou ao governo, decidiu tocá-lo.
O presidente Lula, três ministros e quatro governadores estão visitando o canteiro de obras do Lote 11, entre os municípios de Custódia e Sertânia, no sertão pernambucano. Após a coletiva às rádios, o presidente se deslocou a um ponto próximo do trabalho de perfuração do canal. No local, acionou dispositivo para a implosão de uma pedreira. Aquela região passa pelo processo de escavação do canal que, numa próxima etapa, será concretado e, deste modo, receber as águas do Rio São Francisco.
Em seguida, Lula inaugurou o auditório Miguel Arraes e recebeu informações do secretário executivo do Ministério da Integração Nacional, João Santana, sobre os desdobramentos da obra. Segundo Santana, até o final de dezembro deste ano o projeto do rio São Francisco estará com 10 mil operários. Atualmente são 8,5 mil trabalhadores. O salário médio é de R$ 650. Agora, a caravana segue para a Barragem de Itaparica, em Floresta (PE), e encerra o dia em Cabrobó.
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